Consciência do Erro





Será que o ditado "Errar é Humano" é correto? Vamos pensar:

Se errar é humano, logo, essa deveria ser uma característica somente humana, portanto, os animais seriam incapazes de errar. Então, a pergunta é: "Os animais erram?" 

Os animais não possuem as mesmas características humanas com relação à razão, à consciência e à emoção. Não na mesma proporção. Você nunca verá um macaco lendo um livro, ou um gato tricotando uma touca. O macaco vai tentar comer o livro e o gato vai fazer uma lambança do novelo de lã. 

Os animais desconhecem aspectos da Ética. No reino animal não há certo e errado, há "me dei bem, me dei mal", talvez inconsciente mas há. A consciência que se tem de que um erro foi cometido é uma característica somente humana.

Portanto, talvez o mais correto seria dizer: "Acertar é Humano" e o errar faz parte de sua natureza decaída atual.


Alguém me perguntou após uma palestra: "Os animais têm alma?". A própria palavra animal tem origem no latim anima e significa alma, portanto, o animal segundo Gênesis 1.21,24,30 é uma alma vivente no mundo material (físico). 


Porém, o que deve ser tratado com muita cautela é que os animais são diferentes dos humanos, pois só os humanos tem consciência de certo e errado. Só os humanos podem escolher diante de diversas opções, por meio de sua racionalidade, aquela que mais lhe parece correta. Só os humanos conseguem fazer uma poesia de amor e musicá-la. Os animais podem tocar apenas o instrumento musical que lhe foi dado por Deus (o que é lindo).

A consciência é uma reguladora de pressão, pois quando erramos o aperto no coração, a angustia (do latin Angusta significa aperto. Uma saia angusta, é uma saia justa, apertada) tenta nos fazer recuar, mas se vituperamos a consciência, essa violação irá pouco a pouco amortecendo essa maravilhosa bússola que norteia nossas decisões, até que já não a ouça mais. Assim, o estuprador de sua própria consciência terminará por cauterizá-la, tornando-a um instrumento sem ponteiro e sem norte.


Os animais gemem, como toda a natureza geme para que os filhos de Deus se manifestem.

Acertar é humano! O errar é descuido, estupidez ou péssima escolha. O problema é que alguns erros são passíveis de se consertar, mas há alguns que jamais serão consertados. Uma filha que tira a vida dos próprios pais, como o caso da Richthofen, viverá para o resto de sua vida com aquele espinho na carne incomodando a cada dia, ou
então, tentará uma cauterização religiosa, ou psicológica, ou se refugiará nos conditos mais escuros de sua alma ao ponto de se tornar uma pessoa fora de si, ou seja, uma casa desabitada de si mesma. Um zumbi cambaleante e contagioso.

Daí a importância de se tomar decisões direcionados pelo Espírito Santo de Deus, pois Ele sempre nos conduzirá à Verdade. Quem anda na Verdade nunca cairá nessas armadilhas da vida, e se cair, não ficará prostrado, pois temos um Advogado justo a nos defender.


A consciência agita os sinos, só ouvidos pelo coração, dizendo que pisamos no tomate e estamos quase escorregando.

A consciência é um conectivo com o divino que toca as trombetas avisando-nos que algo saiu errado e se faz necessário tomar uma atitude de reparação.


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